Segunda-feira, 29 de Novembro de 2010

Dos Cavacos, dos Belmiros e afins...

Um comentário certeiro de Carlos Velasco, tirado daqui:

 

"Caro Nuno,

Aí está o protótipo do empresário cavaquista, como você diz. Essa gente é muito boa a gerir um negócio nas seguintes condições:

1 - O governo, em troca da criação de "postos de trabalho", paga a infra-estrutura, doa o terreno, dá incentivos fiscais e acelera a burocracia.
2 - Os bancos, graças às dimensões do negócio, cobram spreads ridículos na comparação com o que cobram aos pequenos, para não falar de que os bancos costumam ser accionistas destas empresas. 
3 - Os fornecedores, por causa da posição desses grupos, são espremidos. No caso do continente chegam a ser obrigados a dar de graça a primeira remessa de mercadoria, a título de "teste". E depois fazem preços menores que os cobrados aos pequenos.
4 - As câmaras começam a cobrar estacionamento nos centros urbanos, o que afasta a clientela dos pequenos negócios nas cidades. Em troca, muitas vezes, constroem infra-estrutura de transporte que passa nos continentes, ou avisam o grupo Sonae onde elas vão passar para este comprar o terreno barato, de preferência antes da alteração do PDM. 
5 - A cobrança de IMI não poupa quem possui um negócio num centro, mas é branda para com os continentes da vida, estrategicamente colocados em terrenos baratos e muitas vezes isentados de impostos por criarem "postos de trabalho".
6 - A GALP, ao invés de dar um desconto directo, dá um talão que só pode ser descontado no continente.
7 - Aproveitando a falta de tempo do trabalhador moderno, e o facto de que as mulheres trabalham tanto quanto os homens, se dá um desconto em alguns artigos que as pessoas fixam mais os preços e se cobra muito mais no outros, que são colocados no caminho para os bens mais consumidos. Já fiz o teste e vi que os preços do continente são muito mais caros. Algumas vezes chegam a ser cinco vezes mais caros!
8 - As grandes empresas têm condições para serem SA´s, ou até terem a sede lá fora, o que facilita em muito a vida com as finanças. Já as Lda. estão f... E nem vamos falar de como os grandes são bem tratados. O pequeno tem logo o seu negócio fechado.
9 - Numa economia super-regulamentada, só os gigantes podem possuir departamentos especializados em lidar com isso. Já o pequeno não pode lidar com o negócio e a burocracia ao mesmo tempo. Depois, há o poder de lóbi. Quem vai multar o continente (milhares de postos de trabalho ameaçados...)? Mas ao zé da esquina, ninguém liga.
10 - O grupo sonae pode fazer doações e dar empregos a muito gente dos partidos. O pequeno comerciante, se o fizer, fica com o negócio quebrado.
11 - Ainda podemos lembrar daquelas privatizações feitas por encomenda, sempre nos momentos oportunos. Há uns corticeiros por aí que compraram umas acções muito baratas e depois entraram para a lista dos mais ricos do mundo, quando o mercado se apercebeu do valor do que compraram. Hoje as bombas com o nome da empresa dão os tais talões que podem ser descontados no continente, e vice-versa. 

O pior é que muitos idiotas liberais acreditam que defendem o mercado livre, quando na verdade defendem o socialismo das corporações. Enfim, para eles basta meter o rótulo "privado" numa empresa para acreditarem que ela favorece uma política de direita."

 

 

 

Fácil, fácil.


Não surpreende que o Tio Belmiro venha dar um empurrãozinho ao Catequista Cavaco, algumas generosidades tem de ser pagas... e outras virão!

 

por joca às 12:38
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Quinta-feira, 25 de Novembro de 2010

O mundo mais justo do neo-liberalismo...

São só 42 Portugais a viver em pobreza extrema no mundo, com um aumento de 3 milhões por ano na última década... mas o sistema é óptimo, a repartição da riqueza é perfeita, os ricos (os "podres" de rico) o que mais gostam é de ajudar as populações carenciadas! Estamos no paraíso, um paraíso de fazer inveja ao do Adão e da Eva.

 

 

Daqui.

 

 

Será que estas campanhas servem para alguma coisa?

O que melhorou em 2010?

 

por joca às 18:09
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Terça-feira, 23 de Novembro de 2010

A face do péssimo jornalismo em Portugal, seja desportivo ou outro

 

 

Após um fim-de-semana com a dita festa da Taça, de jogos que opuseram equipas da 1ª Liga, de jogos de dois ditos grandes do nosso futebol resolvidos pela margem mínima, eis que no seguimento do jornalismo de sarjeta que o jornal "A Bola" nos tem habituado escolhe para sua primeira página de segunda-feira uma notícia meramente especulativa sobre um hipotético interesse (nem se trata de um avanço para uma contratação ou pedido de informações para avançar com esta contratação) num jogador do Benfica. O Benfica "fartou-se" de jogar este fim-de-semana!...

 

Reles é o pseudo-jornalismo que o jornal "A Bola" pratica, os jornalistas que trabalham nessa espelunca devem ter vergonha dos seus chefes e da linha editorial escolhida. Isenção e jornalismo devem andar de mãos dadas, mas estes jornalistas d´"A Bola" não sabem o que é isenção nem deontologia profissional.

O expoente máximo do deplorável acto de escrever folhas de jornal que se pratica por ali está bem vincado nas letras e frases desconexa com que a dita jornalista Leonor Pinhão suja um papel que irá passar na tipografia. Até seria agradável se mais mulheres abordassem a temática do futebol e/ou do desporto, mas esta senhora deveria ser proíbida de pegar numa caneta, ter acesso a um computador ou mesmo abrir a boca (que tal uma petição na internet? Estão tão na moda!)... Jornalistas que fizeram a história deste jornal devem dar pinotes na tumba ou sentir um profundo pesar pelo caminho escolhido, Vítor Santos, o seu pai Carlos Pinhão, Carlos Miranda, Alfredo Farinha, mesmo o polémico Rui Santos...

 

Mas "A Bola" não é caso único no pseudo-jornalismo desportivo português, pois tal com "A Bola" se deveria chamar "O Benfica" o jornal "O Jogo" é também o órgão oficial do FC Porto e o seu nome deveria ser "O Porto".

 

... E são estes os valores jornalísticos em voga em Portugal, e estes casos do jornalismo desportivo apenas espelham o jornalismo generalista que se pratica na maioria dos jornais, televisões e rádios... os jornalistas não são opinion-makers nem cronistas, para isso existem espaços próprios, devem apenas veicular a informação que recolhem de forma isenta e o mais fiel possível sem pôr "colheradas" da forma como queriam que a notícia fosse...

 

por joca às 12:09
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Sexta-feira, 19 de Novembro de 2010

Das escutas...

Se as escutas das conversas entre Edite Estrela e Armando Vara são referentes ao processo ""Face Oculta" no processo devem ficar e não serem divulgadas na praça pública por um asqueroso pseudo-jornalismo que faz carreira em Portugal e no mundo. Pseudo-jornalismo que espelha a nossa sociedade actual e que tem tanto de interesse como os produtos Big Brother´s ou Casa dos Segredos que essa mesma sociedade gera (... imenso portanto se formos pelas audiências!).

(É esta a sociedade que criámos, pseudo-informação a rodos, o vasculhar das privacidades, a privacidade exposta sem filtros (Facebook´s e afins), a fama a qualquer custo, and so on...)

 

Ainda em relação a Edite Estrela e Armando Vara, a única coisa que realça deste acontecimento é a estirpe da ex-Presidente do Munícipio de Sintra. Ficamos a saber quais são os seus verdadeiros amigalhaços e está tudo dito sobre sua deontologia política e entrega à causa pública.

 

 

Aqui.

por joca às 18:32
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Paulo Portas - popularucho, demagogo e aldrabão

Ver aqui.

 

 

... não esteve no governo quando estas situações já existiam? Fez alguma coisa para mudar a situação à época? Não colocou muitos dos seus subordinados e correligionários em "tachos" onde recebem "gratificações" muito superiores ao Presidente da República?

 

E já agora onde conhece o seu correligionário, o Jacinto Leite Capelo Rêgo?

por joca às 15:43
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Quem manda?

"Pode-se portanto considerar que se assiste a um teste de grandeza real, da parte da China, para medir a sua nova influência sobre o Japão; e, da parte do Japão, para avaliar o que resta da capacidade de acção americana na Ásia face à China. Os acontecimentos destas últimas semanas mostram que enredada na sua paralisia política e na sua dependência económica e financeira em relação à China, Washington prefere não se envolver." - daqui

 

... e ainda falta vir a afirmação da Índia!

por joca às 12:02
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Quinta-feira, 18 de Novembro de 2010

Da confusão entre caridade e solidariedade

Do dicionário da língua portuguesa (Porto Editora):

 

solidariedade (nome feminino)

1. qualidade de solidário
2. responsabilidade recíproca entre elementos de um grupo social, profissional, etc.
3. sentimento de partilha do sofrimento alheio
4. sentimento que leva a prestar auxílio a alguém
5. adesão ou apoio a uma causa, a um movimento ou a um princípio

 caridade (nome feminino)

1. bondade, benevolência, generosidade
2. compaixão
3. ato de beneficência
4. esmola
5. RELIGIÃO virtude teologal que consiste em amar a Deus acima de todas as coisas e amar o próximo por amor de Deus
6. (irónico) ofensa; dano; fazer as caridades a ajustar contas com, repreender

 

Se caridade existe pouca, solidariedade existe quase nenhuma.

A caridade serve para nos tirar o peso da consciência, a solidariedade é uma forma de estar na vida.

 

E ando assim a modos que farto de caridade travestida de solidariedade.

 

por joca às 15:53
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Terça-feira, 16 de Novembro de 2010

Mais papista que o Papá - a Europa ainda mais que os EUA

Maria da Conceição Tavares (veterana economista brasileira): "...Olha para a Europa. A Europa está num reacionarismo conservador que é uma desgraça, está pior que os EUA. Nos EUA, até os conservadores viraram keynesianos por causa da crise. Na Europa, os caras estão fiscalistas ao extremo, estão arrebentando com a Europa, tem uma tendência japonesa [de estagnação] acentuada." - daqui.

 

por joca às 16:26
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... e se for uma muçulmana de burqa?

"PSP vai deter quem se manifestar de cara tapada" - daqui.

 

por joca às 16:05
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SNS - Sustentabilidade financeira: contributos para o debate

De Eugénio Rosa.

 

Aqui.

por joca às 15:41
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Todas as máximas já foram escritas. Resta apenas pô-las em prática - Blaise Pascal ...

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