No Retrato da Semana no Público de ontem, António Barreto opina sobre o triste cenário que nos reserva o próximo ciclo eleitoral, particularmente nas e pós eleições legislativas.
A sua opinião é muito interessante e não fugirá muito da realidade vindoura, mas quanto à afirmação da necessidade de uma maioria absoluta ou de uma coligação tenho as minhas reservas. Embora entenda que, em Portugal e na nossa democracia, os partidos políticos não estejam à altura de uma legislatura completa em maioria relativa, com a obrigatoriedade de governar estabelecendo acordos.
Mas, tal como acaba o artigo, a verdadeira democracia faz-se com acordos adultos e fundamentados. Acordos que podem e devem permitir a governabilidade em minoria e sem a necessidade de um Parlamento “yes man” a toda e qualquer política do governo.