Estes gestores mentecaptos tentam a muito custo salvar a imagem de uma empresa que devia ser riscada do mapa. Quanto custou esta operação de compra de "palavras" na internet? Quanto mil barris de petróleo escaparam para se comprar estas "palavras"?
BOICOTE À BP!!!!! BOICOTE À BP!!!!
Uma brutal e chocante reportagem da TVI sobre o tratamento que o Estado português deu aos resíduos perigosos da Siderurgia Nacional (na Maia) aquando da sua privatização (privatização de lucros, nacionalização de despesas - privatizações à portuguesa...).
Quando é o Estado português o maior prevaricador ambiental do país está tudo dito!
Negociatas de milhões em que meia dúzia encheu os bolsos (gestores públicos e privados) à custa de uma população desconhecedora e já bastante abusada (durante a exploração mineira) em São Pedro da Cova - Gondomar. Resíduos altamente perigosos - chumbo, cádmio, crómio, arsénio - depositados na antiga mina, a contaminarem os rios e ribeiros que seguem para o Douro.
Mas não é caso único...
Quem conhece minimamente a vida na empresas portuguesas que laboram ou produzem resíduos perigosos em Portugal sabe que o destino final destes resíduos é quase sempre um descampado escondido ou uma qualquer mata recôndita. Faz uns anos que se pagava aos espanhóis para virem recolher os resíduos perigosos e os irem depositar nos aterros a Espanha (que em Portugal não existia (e ainda não existe) forma de os tratar), e estes mal chegam a uma qualquer mata toca de os depositar ali mesmo (falsificando as guias de recepção pelos aterros espanhóis). E logo seguiam a ir recolher mais resíduos perigosos para os encaminhar com semelhante tratamento.
Pagava-se aos espanhois para depositarem a céu aberto no nosso país os resíduos perigosos por nós gerados (um verdadeiro ovo de Colombo para nuestros hermanos).
Era suposto existir na GNR um serviço de protecção da natureza e do ambiente (SEPNA), mas aparentemente apenas serve para meia dúzia de militares passearem numa pick-up pelas estradas portuguesas!!!
Quanto a politica de resíduos perigosos a única medida tomada foi criar legislação para fornecer gratuitamente (ainda pagamos) combustível às cimenteiras portuguesas!!!
Faz já alguns anos que a BP se esforça para ser, dentro das várias indústrias petrolíferas, uma companhia com uma preocupação ambiental acima das demais concorrentes. Ultimate ali, verde para aqui, verde para acoli... tretas para atirar areia para os olhos dos mais incrédulos.
Este desastre ambiental no Golfo do México vem mais uma vez demonstrar que a preocupação ambiental só existe porque trás consigo mais vendas, ou seja lucro. Este é o verde que lhes interessa, o verde dos dólares! Este e só este...
As companhias petrolíferas são dos maiores criminosos ambientais existentes no planeta. O lobby das petrolíferas está estabelecido faz um século e envolve somas avultadíssimas para corromper políticos, cientistas e todos os que estejam envolvidos nos jogos de poder. Está mais que sabido que existe a possibilidade de os motores dos nossos carros (e não só...) poderem funcionar com quantidades muito mais reduzidas de combustível (os carros americanos são todos de cilindrada astronómica para um grande consumo), para não falar do desinvestimento que este lobby obriga para não se pesquisar a fundo alternativas energéticas credíveis, alternativas que possibilitem a criação de uma economia baseada no não-petróleo.
Num mundo com consciência ambiental este episódio acarretaria o colapso da BP como empresa, quer pela choruda indemnização que teria de pagar (muito acima do real valor da empresa) quer pela degradação da imagem entre os consumidores. Ainda para mais este episódio começou com a tentativa da BP de minimizar o acontecimento (explosão e subsequente afundamento da plataforma) e varrer tudo para debaixo do tapete, para não ser divulgado na comunicação social.
É este o caminho, o boicote a todos os produtos BP.
Talvez assim se consiga incutir nestes chupistas do lobby petrolífero que existem valores superiores aos lucros astronómicos que todos os anos sugam dos consumidores mundiais.
Vamos extinguir a BP do mapa, empresas como esta não fazem nenhuma falta (tal como a ESSO, responsável pelo triste episódio do Exxon Valdez).
Foi criada a 1ª forma de vida artificial.
Deus perde mais um dos seus exclusivos campos de actuação!
Avanço científico que acarreta novas questões éticas e filosóficas.
A acompanhar...
A contagem decrescente para a Conferência das Nações Unidas para as Alterações Climáticas entra na sua recta final e aparentemente os líderes mundiais preparam-se para uns almoços, uns abraços e umas "pancadinhas nas costas" que fica tudo na mesma.
Este é o evento mais importante de 2009.
A urgência de actuar já tem 30 ou mais anos, e durante todo este percurso nós ("o Mundo") conseguimos exponenciar as emissões poluentes para a atmosfera para números inimagináveis.
O ponto de inflexão é o hoje, já! e pode não ser suficiente...
A dita crise internacional deveria servir para incentivar a mudança e criar um novo paradigma de funcionamento económico e social, em que a exploração dos recursos do planeta fossem compatíveis com a sua capacidade de auto-regeneração.
Mas tal cenário é utópico. O egoísmo humano está nos seus valores máximos e nenhum de nós (existem pequeníssimas minorias que serão) é realmente capaz de abdicar de um único benefício em prol do bem-estar geral e do futuro.
O ritmo de crescimento de grandes economias (China e Índia, mas também Brasil, Rússia) que acarretam aumentos significativos das emissões poluentes e da exploração do território são um fardo ainda maior para a capacidade de resposta do planeta a estas agressões.
Mas obviamente estas economias tem tanto direito de poluir (e per capita estão ainda a anos-luz) como as economias do dito 1º Mundo (com os EUA a liderar destacadamente).
Quioto nunca existiu (só no papel) e Copenhaga irá pelo mesmo caminho, infelizmente!
LINKS: http://unfccc.int/2860.php
http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/cop15/node/1
http://www.youtube.com/watch?v=Uxvt_KY2LZM