A cultura do transporte individual está implementada em Portugal (e no Mundo), espelho do egoísmo e da facilitismo que é transversal à sociedade.
É necessário forçar uma ruptura, ruptura que nunca irá ser iniciativa das populações, que force a mudança. Que incentive a utilização de transportes públicos e outros transportes colectivos.
Uma excelente opinião aqui.
Quando tanto se fala em portajar as SCUT´s talvez fosse boa altura para começar a debater a introdução de portagens nas cidades (sobretudo nas grandes cidades: Lisboa e Porto, mas também nas cidades de média dimensão: Coimbra, Aveiro, Braga, etc.). Para forçar o uso dos transportes colectivos são necessárias medidas conjuntas: primeiro, aumento exponencial da oferta de transportes colectivos (todos, comboio, metro, autocarros, táxis colectivos...; segundo, aumento significativo do custo de parqueamento automóvel nas cidades (com a alternativa de existirem reduções/isenções para moradores e sobretudo para deficientes e 3ª idade) e terceiro, a introdução das portagens para entrar nas cidades, especialmente ou sobretudo nos seus centros.
As cidades devem ser para as pessoas, para serem usufruídas pelas famílias, a pé, de bicicleta, de patins, de skate... com a introdução maciça de zonas pedonais e espaços verdes (o ambiente também agradece).
Algumas boas alternativas que surgiram nos últimos anos (Ecovia em Coimbra, táxis fluviais em Aveiro,...) foram extintas ou por falta de adesão do público (medidas avulsas que não foram sustentas por proibições de circulação automóvel, em Coimbra) ou por falta de vontade politica de continuar a explorar uma boa ideia (em Aveiro).
Estamos demasiado acomodados para desistir do nosso transporte individual, é preciso castigar o seu uso excessivo e desenfreado. Tirar a chupeta como aos bebés pequeninos!